O Papel do Mal no Mundo
Cartas aos Estudantes nº 30, maio de 1913.
Na lição do mês passado, vimos o valor da dissonância na música e também o papel correspondente à maldade no mundo, isto é, enfatizamos, por contraste, a beleza e a harmonia do bem. Assim, à primeira vista pode parecer que o mal aparente tenha sido designado por Deus, o Autor e Arquiteto do nosso sistema, como se Ele fosse o responsável por toda a dor e sofrimento que a humanidade suporta. No entanto, não é assim. Na verdade, a Bíblia diz que os Elohim, que foram seus agentes, “viram que o universo era bom” quando o trabalho terminou. O nosso livro “Conceito Rosacruz do Cosmos”, e as Conferências números 13 e 14 do livro “Cristianismo Rosacruz” explicam detalhadamente o relato da Bíblia, isto é, como o mal aparente veio a nós através dos espíritos de Lúcifer e, quando esse mal penetrou na Terra, as forças que trabalham para o bem o utilizaram para uma finalidade benéfica, para alcançar um bem mais elevado, o que não teria sido possível sem esse fator.
Na última parte da Época Lemúrica e nos primeiros tempos dos Atlantes, o homem era puro e inocente – o dócil pupilo dos anjos guardiões que guiaram todos os seus passos pelo caminho do desenvolvimento. Ele não possuía a razão, que era desnecessária pois só havia um caminho a seguir e, em tal situação, não havia escolha. Os Senhores de Vênus foram enviados para estimular a bondade, o amor e a devoção. Se os fatores perturbadores e maléficos não existissem, esta Terra continuaria a ser um paraíso e o homem teria permanecido nela como uma belíssima flor. Dor, tristeza e doenças seriam desconhecidas. Sob o regime dos Anjos lunares e dos Senhores de Vênus, o homem, automaticamente, cresceria bom e sábio, pela simples razão de não ter tido outra alternativa. Quando os Espíritos de Lúcifer abriram-lhe os olhos para outra direção, e os Senhores de Mercúrio inculcaram-lhe a razão para guiá-lo, ele tornou-se potencialmente maior que ambos, como exigido àqueles que seguem o caminho espiral da evolução.
Equipado com as faculdades de escolha e da razão, é prerrogativa gloriosa do homem elevar-se até o pináculo da maior perfeição possível neste esquema evolutivo. Por isso, Cristo disse: “Aquele que acreditou em Mim, as coisas que Eu faço, ele as fará também e ainda maiores”.
Aprendamos pelo mito de Fausto a seguir os passos dos nossos instrutores, empregando o aparente mal para alcançar um bem maior; aprendamos a não ser vencidos pelo mal, mas a vencê-lo e transmutá-lo em bem. Existe um provérbio que diz “aquele que é, é o melhor”. Se isto fosse verdade não haveria incentivo para lutar por algo superior, melhor ou maior. As palavras do Salvador encorajam-nos para diante, e as lendas, como a do mito de Fausto, ensinam-nos o modo de usar as forças aparentemente destrutivas e subversivas.
A quem muito é dado, muito será exigido. Os estudantes da Fraternidade Rosacruz que recebem os avançados Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, estão especialmente compromissados a fazer os maiores esforços nesse caminho. Possamos trabalhar com todas as nossas forças para chegar à altura de tão grande privilégio.
P.S. Tivemos a adesão de muitos estudantes desde que pedimos preces diárias para os irmãos que trabalham nesta Sede. Assim, sentimos que será útil voltar a reiterar o pedido de que sejamos incluídos nas suas orações diárias, para que a Sede da Fraternidade Rosacruz possa tornar-se um Centro Espiritual muito eficiente. Como sabem pelos prospectos enviados, estamos prestes a abrir a Escola de Cura e, neste passo importante, sentimos como nunca a necessidade da Graça Divina. Ajudem-nos para que possamos ser bem sucedidos.
Por Max Heindel – livro: Cartas aos Estudantes – nº 30 – Maio de 1913.
Uma resposta
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