Métodos Orientais e Ocidentais de Desenvolvimento

Cartas aos Estudantes nº 36, novembro de 1913.

Com frequência, recebemos pedidos de auxílio de pessoas que, infelizmente, pertenceram a sociedade onde se converteram em presas de espíritos-controle, que agora as perseguem e obsedam tornando-lhes a vida uma carga insuportável. Da mesma maneira, recebemos pedidos de ajuda de pessoas que frequentaram grupos que ensinam exercícios de respiração hindu. A impaciência para penetrar nos mundos invisíveis leva muitas pessoas a praticar tais exercícios, cujo perigo desconhecem e, depois de algum tempo, sentem-se destroçadas tanto física como espiritualmente. Então, vêm até nós à procura de alívio. Felizmente, temos podido prestar auxílio a todos que se dirigiram a nós, até mesmo aos que estavam à beira da loucura.

É por essa razão que a literatura da Fraternidade Rosacruz está repleta de advertências contra os exercícios de respiração oriental, porque não são apropriados para os ocidentais. É com indizível tristeza que soubemos que um estudante está doente em consequência desses exercícios de respiração. Cremos que será conveniente tornar a explicar a diferença entre os métodos orientais e ocidentais, para que se compreenda muito bem por que é sensato não praticar tais exercícios.

Em primeiro lugar, é necessário saber que a evolução do espírito e a evolução da matéria marcham de mãos dadas. O espírito desenvolve-se habitando veículos de matéria densa e trabalhando com os materiais que encontra no mundo. Deste modo, o espírito progride, e a matéria também se refina pelo fato do espírito trabalhar com ela. Os espíritos mais adiantados, naturalmente atraem para si matéria mais fina do que aqueles que se encontram atrás deles no caminho da evolução, e os átomos dos corpos de uma raça mais desenvolvida são mais sensitivos do que os dos povos primitivos.

Assim, os átomos das pessoas mais preparadas do Ocidente respondem às ondas vibratórias que ainda não foram contatadas pelos que habitam em corpos orientais. Os exercícios respiratórios são usados para despertar os átomos adormecidos do aspirante oriental, e o vigor usado neste processo é necessário para elevar o tom de sua vibração. O índio americano ou o aborígine australiano podem empregar tais exercícios impunemente durante vários anos, mas o caso é completamente diferente quando uma pessoa, com um corpo altamente sensibilizado como o do ocidental, segue esse tratamento. Os átomos de seu corpo já tinham sido sensibilizados pela sua evolução natural, e quando esta pessoa recebe o ímpeto extra dos exercícios de respiração, os átomos aceleram-se desordenadamente e é difícil devolver-lhes o devido repouso.

Como elucidação, devo dizer que o autor tem experiência pessoal no assunto. Há anos, quando começou a marcha no caminho e estava imbuído da impaciência característica dos que ardentemente buscam o conhecimento, leu sobre os exercícios respiratórios publicados por Swami Vivekananda e começou a seguir os conselhos neles contidos. Ao fim de dois dias, seu corpo vital foi expulso do físico. Isto produziu uma sensação como o andar no ar, tornando impossível manter os pés sobre o terreno sólido e todo o corpo parecia vibrar num tom altíssimo. O bom senso veio em meu socorro. Parei com os exercícios, mas foram precisas duas semanas para sentir a sensação normal de andar com os pés em terra firme e para que cessassem as vibrações anormais.

Na parábola diz-se que alguns foram rejeitados porque não tinham o Manto Nupcial. A menos que desenvolvamos o corpo-alma, qualquer outro intento para penetrar nos mundos invisíveis resultará em algum desastre. Não devemos acreditar ou depender de um instrutor que diga ter capacidade para rapidamente conduzir uma pessoa aos reinos invisíveis. Existe um só caminho – paciente persistência em fazer o bem.

Por Max Heindel – livro: Cartas aos Estudantes – nº 36 – Novembro de 1913.

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Uma resposta

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