Maçonaria, Co-Maçonaria e Catolicismo

Cartas aos Estudantes nº 29, abril de 1913.

No final da lição do mês passado, referimo-nos a algumas pessoas que são praticantes da Maçonaria Mística, e isso poderá parecer que fazemos parte de uma Co-Maçonaria. Devemos dizer, enfaticamente, que não é esta a realidade, embora, por princípio ético, nunca tenhamos falado depreciativamente de qualquer movimento legítimo. Em particular, temos advertido constantemente os nossos estudantes a respeito da religião oriental, porque é perigosa para o mundo ocidental, ainda que perfeitamente adaptada para ao Oriente. A Co-Maçonaria é o resultado do crescimento de uma sociedade promulgadora do Hinduísmo. No inverno de 1899 a 1900, a presidenta daquela sociedade esteve em Roma e uma das suas auxiliares encontrou, acidentalmente, os ritos maçônicos na biblioteca do Vaticano. Ela copiou-os sem autorização e deu-os à sua superiora que, por sua vez, acrescentou neles um grau extra. Estes são agora os ritos da Co-Maçonaria.

As afirmações anteriores são fatos que podemos provar; mas deixamos os nossos estudantes em liberdade para que tirem as suas próprias conclusões sobre a eficiência ética e os poderes de desenvolvimento anímico que pode possuir um movimento baseado em ritos obtidos deste modo. Além disso, ainda que nós saibamos positivamente que os ritos vieram de Roma, duvidamos que uma pessoa pudesse iludir a vigilância que há naquela biblioteca. Acreditamos que ela tenha agido, inconscientemente, pelas mãos do Vaticano. Assim, a Co-Maçonaria é tanto indiana como católica em sua origem. Não é reconhecida pelas corporações Maçônicas regulares, apesar de que possam alegar os seus fundadores.

No final da lição sobre Maçonaria e Catolicismo, resumimos os pontos correspondentes às suas relações cósmicas com o objetivo de extrair a essência do ensinamento. Agora, a última palavra – a quinta essência do nosso argumento:

A palavra franco-Maçom deriva do vocábulo egípcio phree messen, “Filhos da Luz”. Essas palavras foram originalmente empregadas para designar os construtores do Templo de Deus – a alma humana.

Católica significa “universal”, e originalmente foi empregada para diferenciar a abrangente Religião Mundial – o Cristianismo – das religiões de raça, como o Hinduísmo.

O sangue é o veículo do espírito e, sob o regime de Jeová e dos espíritos de Lúcifer, contaminou-se com o egoísmo. Tanto a Maçonaria como o Catolicismo anseiam purificar o sangue e estimular o altruísmo.

A Maçonaria ensina o candidato a conquistar a sua própria salvação; o Catolicismo deixa-o dependente do sangue de Jesus. Os que usam o método positivo tornam-se, naturalmente, almas mais fortes; portanto, a Maçonaria deveria ser preferida ao Catolicismo.

Por Max Heindel – livro: Cartas aos Estudantes – nº 29 – Abril de 1913.

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