Alcançar a nova Era: uma meta para todos
Mesmo que os avanços tecnológicos e a rapidez dos fatos constituem a base dos tempos atuais, estes fatores não garantem a humanidade como correspondente ao verdadeiro impulso espiritual da Nova Era que se aproxima. É verdade que grupos de diferentes ramos e/ou pertencentes a diversos países, culturas e empresas estejam se alinhando em cooperação para atingir propósitos semelhantes, mas a sincera análise traz à tona que o motivo real destas uniões está baseado na ilusória necessidade de sobrevivência material, ditadas por fatores econômicos. Quando diferente, as trocas de talentos funcionam similarmente a economia feudal que predominava na Idade Média.
Sabemos, no entanto, que a verdadeira Fraternidade Universal não pode ser baseada na cooperação superficial guiada por interesses materiais, tampouco na ilusão de que as “novas” atitudes integrativas revelam alguma espiritualidade. Ainda que o Sol estivesse agora mesmo, por precessão sob o Signo de Aquário e inundando a Terra com suas vibrações de fraternidade universal, tal acontecimento não garantiria a verdadeira Fraternidade Universal como uma realidade. Este estado não pode nascer fora do ser humano, tampouco pode ter como base referenciais físicos. Em verdade, a Nova Era ocorrerá quando o ser humano aprender viver a Fraternidade de modo interno. Em outras palavras, o cooperativismo não deve ser ditado por necessidade e progresso material ou interesse pessoal, mas por ações voluntárias e espirituais, pois viver de outro modo constitui uma vida estéril, já que o beneficio material não pode gerar vida.
Alcançar a Nova Era significa afinar as intenções (internas) com os propósitos de Era de Aquário. Não basta apenas receber suas vibrações pelo Sol físico. Deve haver uma decisão de buscar este novo padrão e estilo de vida. O presente artigo visa traçar, junto ao leitor estudante, as características do modelo de aprendizado que nos guiará até a nova era, e que foi deixado para a humanidade a milhares de anos atrás. Tal modelo já deveria ter sido assimilado por todos, mas infelizmente as amarras e apego ao espírito de raça/matéria é tamanha que algum atraso no caminho natural das coisas pode ter ocorrido. Apesar disso, a ação rápida Era de Aquário, permite que haja aceleramento rápido do progresso espiritual, o que constitui uma a graça/redenção de compensação do tempo perdido.
Tendências do passado no presente
Para compreendermos o motivo das lições que no guiará para a Nova Era, devemos compreender as tendências enraizadas em nossa personalidade que foram formadas no passado. Somente assim, poderemos nos livrar delas. No Conceito Rosacruz do Cosmos é ensinado que a humanidade começou seu caminho de desenvolvimento no Período de Saturno. Em seguida passou pelo Período Solar, Lunar e está atualmente no Período Terrestre. Até a metade no período Terrestre, tinha o objetivo de desenvolver ferramentas ou veículos para o espírito, sendo que toda a força criadora estava direcionada para este propósito. Esta etapa de construção é conhecido pela filosofia Rosacruz como período de involução. Os veículos criados foram: um Corpo Denso (no Período de Saturno), um Corpo Vital (no Período Solar), um Copo de Desejos (no Período Lunar) e uma Mente (no final da primeira metade do Período Terrestre). Em verdade a Mente atual constitui apenas um esboço rudimentar do que será futuramente e quão valiosa será para o trabalho do Ego. A partir deste ponto (cadeia de três corpos e uma mente), o ser humano pôde despertar uma consciência de vigília (nascimento do indivíduo). Em outras palavras, o Espírito pôde tomar posse de seus veículos e este é um marco importante, pois culmina o trabalho feito pelo Espírito (com ajuda de diversos seres esplendidos) de descer dos mundos superiores ao Mundo Físico. O encontro entre os corpos e o Espírito, pela MENTE, marca então o nascimento do INDIVÍDUO. Isso ocorreu no atual Período Terrestre. Aqui iniciou-se o período conhecido como evolução (veja mais detalhes no Cap. XII do Livro o Conceito Rosacruz do Cosmos).
Para compreendermos as lições que nos levarão para a Nova Era, necessitamos focar nossa atenção no trabalho feito no atual Período, ou Terrestre. O Período Terrestre é dividido em sete grandes Épocas, são elas: (1) Época Polar; (2) Época Hiperbórea; (3) Época Lemúrica; (4) Época Atlante; (5) Época Ária; (6) Época Nova Jerusalém; (7) Época Reino de Deus. Já passamos pelas quatro primeiras e estamos atualmente vivendo a Época Ária. Seguindo a Lei da natureza conhecida como Espirais dentro de Espirais, durante a (1) Época Polar, aprimoramos nosso Corpo Denso, pois a primeira Época é uma representação menor do trabalho maior feito no primeiro Período ou Período de Saturno. Na segunda Época do Período Terrestre, Época Hiperbórea, trabalhamos sobre o Corpo Vital, pois esta segunda Época correlaciona-se com o trabalho do Período Solar. Durante a terceira Época do Período Terrestre, Época Lemúrica, desenvolvemos ainda mais o Corpo de Desejos, afinal este trabalho esta relacionado ao trabalho do terceiro Período, o Período Lunar. Lembrem-se, Espirais dentro de Espirais! Alguns pioneiros da involução*, aprimoraram seu Corpo de Desejos de tal modo, que foram capazes de dividi-lo em duas partes: Corpo de Desejos superior e Corpo de Desejos inferior. Para estes, na última parte da Época Lemúrica, foi possível adiantar a entrega do átomo semente da MENTE, pois a parte superior do Corpo de Desejos permitia certo controle das paixões para que o Ego pudesse tomar posse de seus veículos. Então, foi na 3ª Época (Lemúrica) que nasceram os primeiros indivíduos. Para os que ainda não tinham separado o Corpo de Desejos em duas partes, somente mais tarde foram capazes de tomar posse definitiva de seus veículos. Para estes, isso ocorreu na 4ª época ou Atlante. (veja mais detalhes no Cap. X do Livro o Conceito Rosacruz do Cosmos, a revolução Lunar do Período Terrestre).
A partir do nascimento do indivíduo, iniciou-se o trabalho original do Período Terrestre (note que até então, houve recapitulações ou aprimoramento de trabalhos já realizados em Períodos precedentes). Até este ponto, a humanidade não era fisicamente separada. Todos constituíam uma única raça e também eram bissexuais ou hermafroditas. Com a separação da Terra do Sol, toda energia espiritual do Sol era assimilada por um único canal. Mas como a Lua, a oitava espera, acabou tendo que ser separada da Terra, duas fontes de energia começaram a ser derramadas sobre a Terra. Assim, uns tornara-se melhores condutores de energia lunar e outros do Sol. Tal fator, juntamente com a necessidade de desenvolvimento do cérebro físico, promoveu a separação dos sexos.
Esta foi a primeira diferenciação física do Ser Humano (Mulher e Homem). Com ela, metade da dual força criadora foi direcionada para construção de um cérebro e uma laringe, para expressar pensamentos, planejar ações e direcionar os sentimentos. Aqui, o ser humano dividido entre homem e mulher, recebeu ajuda de Seres Elevados conhecidos como “Senhores de Vênus” e “Senhores de Mercúrio”. Os primeiros constituíram guias das grandes massas. Seu ministério tinha o objetivo de fazer o Ego manifestar sua vontade e decisão ao ponto de dirigir-se sozinho. Para aqueles que alcançaram este propósito (os adiantados), eram então postos sob a direção dos “Senhores de Mercúrio” que ensinavam verdades mais elevadas para se tornarem seres humanos Guias ou Reis. Assim, assumiriam o papel dos Senhores de Vênus. Somente aquele que tem domínio próprio, poderá governar os demais.
Na última parte da Época Lemúrica, alguns de desenvolveram de tal modo que começaram a construir corpos mais aprimorados. Assim, a primeira RAÇA surgiu. Esta não tinha memória, nem sentimento algum, apenas à sensação de tato, dor e conforto. O corpo físico era algo muito bruto e grande, e a consciência do Espírito ainda estava totalmente voltada para os mundos internos. Desta maneira, o único modo de chamar a atenção do Espírito para o Corpo e para o Mundo Físico, era estimulá-lo para tal. Como os corpos eram brutos e só tinham percepção de dor e conforto, métodos de ensino violentos foram necessários para despertar sua vontade e consciência para o Mundo Físico (veja sobre estes métodos no Cap. XII do Livro o Conceito Rosacruz do Cosmos). Os métodos eram simplesmente os que causavam DOR física, e envolvia estimular o CORPO FÍSICO para que a atenção do Ego para ele fosse despertada. Infelizmente, hoje, há ainda reminiscências desta época, revelando que muitos de nossos irmãos permaneceram com reminiscências. Isto constitui um fator de distância para entrarmos na nova Era. Devemos nos livrar disso.
Grupo de Figuras 1 – Reminiscência da Raça Lemúrica ainda nos dias atuais
Ainda no que se refere à última parte da Época Lemúrica, houve o episódio conhecido como “A Queda do Homem”. Não entraremos em detalhes sobre este episódio no presente artigo, mas ele constituiu um fator chave que fez o homem e a mulher conhecerem ou focarem sua consciência no Mundo Físico e em seus Corpos, por meio da procriação autônoma.
Terminada a Época Lemúrica, iniciou-se a 4ª Época ou Época Atlante. Com o uso da MENTE, verificou-se que o pensamento esgota células nervosas; mata, destrói e leva à decomposição. Aqui, o alimento passou a ser composto de cadáveres. Matavam para comer para formar um esqueleto mais sólido e denso (Nimrod era um caçador poderoso). Mesmo com um corpo denso mais aprimorado e conhecendo mais o mundo físico, insistia em não aproveitar as oportunidades que o Mundo Físico tinha para oferecer, pois amava demais os planos internos. Deste modo, um novo elemento foi dado, o VINHO. O álcool é um espírito e atua sobre o espírito do homem. Essa atuação paralisa totalmente a influência espiritual, deixando-o 100% material. O homem, então, esqueceu sua origem espiritual e focou na matéria.
O progresso individual e material começou a ser tão grande, que diferentes corpos foram necessários para dar conta para expressão do Ego que evoluía. Assim, a humanidade dividiu-se em sete raças:
1. Raça Rmohals – que além de sensações e dor, também tinham algum sentimento, mas pouca memória. Graças a esta última faculdade, começaram a nomear as coisas;
2. Raça Tlavatlis – Sentimento egoísta com uma memória mais aguçada, deram início a busca por reconhecimento de acordo com seus feitos. Tornaram-se ambiciosos e recordavam das proezas que faziam. Honra dos antepassados que virou adoração. Isso é muito comum ainda em igrejas exotéricas. Por exemplo, todas as vezes que adoramos a pessoa que fez grandes feitos, estamos revivendo a época de Tlavatlis. O que devemos fazer é admirar os feitos das pessoas e seguir seu modelo de santidade.
3. Raça Toltecas – Valorizavam a experiência. Quanto mais experiências uma pessoa tinha, mais sábio era considerado e escolhido como guia para tomada de decisões. Com o tempo, essa admiração foi transformada em critério para se escolher quem iria governar o povo. Admiravam seus predecessores e inauguraram a monarquia de acordo com os feitos dos homens. Os filhos destes grandes homens eram também respeitados e honrados, por isso, o filho de um grande homem tinha bons privilégios de reconhecimento. Assim, inaugurou-se também a sucessão de poder hereditária.
Grupo de Figuras 2 – Sucessão hereditária, um tipo de reminiscência da Raça Tolteca.
4. Raça Turânios Originais – Construíam templos onde reis eram adorados, oprimiam as classes inferiores. Florescia a magia negra. Os templos Egípcios são uma amostra desses templos. Atualmente, muitos querem construir igrejas de pedra e cimento para adorarem Santos e não os seus feitos, isso também é uma reminiscência dos Turânios Originais.
5. Raça Semitas Originais – Mais importante das raças, pois foi a semente da raça Ária. Aqui, pela primeira vez, iniciou o uso da mente como refreadora das paixões. Eles foram os primeiros a descobrirem que o cérebro é superior ao músculo. Mas faziam isso de modo astuto e egoísta, para conseguirem o que desejavam.
e (7) Raça Acádios e Raça Mongóis – Desenvolveram mais ainda a capacidade de pensar. Mas se desvirtuaram do rumo correto da evolução, pelo excesso de astúcia e egoísmo.
Antes de entrarmos no estudo da atual ou 5ª. Época, é importante retomarmos o estado das massas: Primeiro, o ser humano tinha gastado em demasiado sua força criadora devido ao episódio “A queda do homem”. Segundo, fez uso de álcool e de drogas, utilizado sua mente para fins egoístas e astutos ao ponto de se esquecer de sua origem divina e espiritual. O foco no Mundo Físico foi tamanho, que passou a negar a existência de qualquer coisa espiritual. Terceiro, o homem havia se dividido em raças. As raças mais avançadas ou inteligentes passaram a dominar ou escravizar as mais débeis. Quarto, a noção de separatividade fez com que se apegassem a amassem sua tribo, nação ou país, de tal modo, que se prendiam ao amor a essa forma, não possibilitando mudanças e progressos. Ficavam confinados nos corpos nascendo e renascendo na mesma raça, por muitos e muitos anos. Como estas reminiscências estão atualmente? A Tabela a seguir mostra didaticamente:
É possível notar que ainda temos muitas dessas tendências enraizadas em nossa personalidade, que tiveram origem durante a Época Lemúrica e Atlante. Com o término da Época Atlante, iniciou-se a 5ª Época ou Época Ária. Aqui, um grande iniciado apareceu para nos mostrar como devemos nos livrar das reminiscências da Atlante e Lemúria, e o que devemos aprender da Época Ária para entrarmos na Nova Era. Tal iniciado foi Abraão e sua vida pode ser estudada por meio da Bíblia.
Lições da Época Ária
Abraão foi o primeiro dos mestres iniciados enviados a nova Quinta Época Raça Raiz que habitaram a Terra depois da destruição do continente Atlântico pelo Dilúvio. Para desvencilhar a tendência de que somos algo material, um acidente da natureza e sem origem espiritual, Abraão, antes conhecido como Abrão, veio de Ur, cidade da “luz”, e se estabeleceu em Haran, “um lugar alto”. Significa que sua origem não é física ou material, mas espiritual.
Os espiritualmente iluminados que sempre consideraram que cada lugar mencionado na Bíblia representa o aqui e agora, e cada personagem mencionado é você, você mesmo. Ora, também viemos de Ur (da luz) e nos estabelecemos em um lugar alto. Sabemos que o Ego não está aqui na região química do mundo físico (baixo), mas na Região do Pensamento Abstrato (alto). Além disso, a noção de que somos mais do que carne e osso têm uma implicação muito importante no modo como agimos dia a dia. Se prestarmos atenção, facilmente notaremos que vivemos no mundo com a ilusão de que permaneceremos aqui para todo o sempre. Ignoramos o fato consumado que é a MORTE! Não há como permanecer vivo para sempre! Mesmo assim, alimentamos a idéia de que permaneceremos, e nossas ações diárias são modeladas a partir disso. “Na verdade, não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a que há de vir”. (Hb 13:14). Se compreendermos que a morte do corpo físico não extingue a vida, a pergunta que aparece é: como devemos nos preparar para o que há de vir? Devemos dedicar algum tempo de minha vida para esta preparação, e deixar de usar a MENTE para alimentar traços atlantes como a competitividade, ceticismo e valorização de grandes feitos físicos. Além disso, a idéia de que aquilo que acumulamos de aprendizado não pode ter relação com a quantidade de posses físicas, faz-nos procurar menos ostentação e avareza. As riquezas permanentes estão no céu e não na terra passageira. Estas constituem as primeiras lições que devemos aprender.
Outro fator importante: assim como Abraão, não estamos sozinhos quando iniciamos a vida na Terra. Em verdade ele estava acompanhado por Sara (sua natureza superior) e do filho de seu irmão (Ló) sua natureza inferior. É muito importante recorrermos ao texto bíblico em que o narrador esclarece que Abraão (Ego) era muito rico em prata e ouro e possuía muito em gado. Assim como Ló também possuía muitos bens. No capítulo 13 do Gênesis versículos 6, 7, 8 e 9 lemos: “E não tinha capacidade a terra para poderem habitar juntos, porque os seus bens eram muitos de maneira que não podiam habitar juntos. E houve contenda entre os pastores do gado de Abrão e os pastores do gado de Lot, e os cananeus e os perizeus habitavam então na terra. E disse Abrão a Lot: Ora, não haja contenda entre mim e ti, e entre os meus pastores e os teus pastores, porque somos irmãos. Não está toda a terra diante de ti? Eia, pois, aparta-te de mim, e se escolheres a esquerda, irei para a direita e se a direita escolheres, eu irei para a esquerda”.
Com esse processo de reconhecimento que não há espaço para que as naturezas superior e inferior vivam juntas, começa uma separação em IDEAIS entre ambas. Mesmo sendo pecador, isso não impede de começar uma busca por realizar as obras espirituais. Por meio da inanição, alimentamos apenas a natureza superior e aos poucos a inferior começa e perder força. Na medida em que o Eu superior passa a predominar, crescimento anímico ocorre. Com esse poder, poderá haver o resgate e domínio do eu inferior. Isso é relatado na seguinte passagem da Bíblia: “Ouvindo, pois, Abrão que o seu irmão estava preso, armou os seus criados, nascidos em sua casa, trezentos e dezoito, e os perseguiu até Dã”. O Senhor havia ordenado a Abraão que percorresse toda a terra, no seu comprimento e na sua largura, pois assim iria adquirir experiência. A soma do número 318 equivale ao número 12. A soma do número doze equivale a 3 que representa os três atributos de experiência do Ego: Alma Consciente, Alma Intelectual e Alma Emocional. Abraão estava então apto e suficientemente poderoso para resgatar Ló e não mais viver separado dele, mas com a capacidade de dominá-lo. “E dividiu-se contra eles de noite, ele (Ego ou Abraão) e os seus criados (seus poderes Anímicos), e os feriu, e os perseguiu até Hobá, que fica à esquerda de Damasco. E tornou a trazer todos os seus bens, e tornou a trazer também a Ló (personalidade ou natureza inferior), seu irmão, e os seus bens, e também as mulheres, e o povo”.
Passado tais provas, veio a palavra do Senhor a Abraão em visão, dizendo: “Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão”. (Gênesis 15, 1). Apesar dos ideais de pureza, serviço e sacrifício parecerem estar ainda muito distantes de serem concretizados por nós, tais atributos (que são personificados por Abraão) são expressões superiores de Áries (Era que iniciou logo após o fim da época Atlante).
Após esta etapa de domínio do eu inferior pelo Eu Superior, inicia um novo processo de produção de serviços espirituais. Muitas obras em favor da humanidade são realizadas pela pessoa que atingiu esta etapa. No entanto, Quanto mais alto a alma ascende, mais sutis serão as tentações que deverá sofrer. Abraão finalmente enfrentou uma de suas maiores provas do Caminho Iniciático, a denominada Grande Renúncia. Assim como se lê em Gênesis, 22, 7 -12. “Então falou Isaac a Abraão seu pai, e disse: Meu pai! E ele disse: Eis-me aqui, meu filho! E ele disse: Eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim caminharam ambos juntos. E chegaram ao lugar que Deus lhe dissera, e edificou Abraão ali um altar e pôs em ordem a lenha, e amarrou a Isaac seu filho, e deitou-o sobre o altar em cima da lenha. E estendeu Abraão a sua mão, e tomou o cutelo para imolar o seu filho; Mas o anjo do SENHOR lhe bradou desde os céus, e disse: Abraão, Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. Então disse: Não estendas a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o teu filho, o teu único filho”.
Isaac representa as obras geradas pelo Eu Superior após dominar o eu inferior e alcançar a iniciação. Ele é filho de Abraão e Sarah. A solicitação de Deus para renunciar suas obras espiritualistas ou propriedades do Eu superior, é fundamental. Isso foi bem relatado por Max Heindel em uma de suas cartas, quando mencionou que sentia, por muitas vezes, a Fraternidade Rosacruz como uma obra pessoal (tentação) e não produto dos Irmãos Maiores. Este é um ponto muito sutil, pois o iniciado aqui, acredita que todas as obras maravilhosas que realiza, são dele, mas em verdade, pertence a Deus. Uma vez ultrapassada essa noção, o Espírito mostra que está apto para viver a verdadeira união com todos e receber os verdadeiros ensinamentos universais Cristãos, reservados apenas aqueles que atingiram este ponto.
Podemos resumir as lições da Época Ária em:
(1) Renunciar o eu inferior (traços da Lemúria e Atlante);
(2) Fortalecer o Eu Superior para dominar o eu inferior;
(3) Depois, servir com fidelidade e produzir obras com o Eu Superior (gerar filhos: ISAAC);
(4) Renunciar o EU SUPERIOR, isto é, as Suas obras espirituais. ELAS NÃO SÃO NOSSAS, mas da Humanidade.
Sem dúvida somente pela devoção, fé e entrega total para Deus, é que será possível superar esta grande prova de renuncia espiritual. Se assim procedermos, poderemos verdadeiramente, alcançar Nova Era. “Aquele que encontrou sua vida, a perderá; e aquele que perdeu sua vida por minha causa, a encontrará” (Mc, 8:35).
Que as rosas floresçam em vossa cruz.
*Aqueles que conseguiram rapidamente adaptar e assimilar todas as lições que cada Período e Época têm para oferecer na construção de Corpos para o Ego.
Uma resposta
Gratidão